O festival é uma apresentação a céu aberto de diversas associações folclóricas, sendo o ponto mais importante do evento atualmente é a disputa entre dois bois folclóricos, o Boi Caprichoso de cor azul e o Boi Garantido de cor vermelha. A apresentação ocorre no Bumbódromo, um tipo de estádio com o formato de uma cabeça de boi estilizada, com capacidade para 35 mil espectadores. O Festival de Parintins se tornou uma das maiores atrações da cultura local. Durante as três noites de apresentação, as duas associações exploram as temáticas regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos através de alegorias e encenações.
O festival é uma competição entre duas agremiações que apresentam a história do boi-bumbá em três noites consecutivas de apresentações, em que alegorias de até 25 metros de altura e fantasias não se repetem. Cada noite é como se fosse um ato de uma grande peça, que, além de trazer a história do boi-bumbá, ainda conta com um enredo do ano. As apresentações em Parintins têm mais dramaturgia que as dos carnavais do Rio e de São Paulo e até se assemelham a uma ópera.
Por ser em formato de arena, o Bumbódromo não permite um desfile em linha reta, como a Passarela do Samba. É por isso que os bois usam o espaço cênico de forma diferente, entrando e saindo com alegorias imensas e brincantes fantasiados para formar os cenários gigantes que ilustram as temáticas de cada quadro. Às vezes, há cinco alegorias diferentes em cena, que se juntam num passe de mágica e compõem a cenografia para o momento da exibição. Ao todo, cada boi apresenta cinco quadros diferentes por noite, em até duas horas e meia, cumprindo itens como Lenda Amazônica, Ritual Indígena, Figura Típica Regional e Exaltação Folclórica. São três noites de apresentação, e em cada uma delas os bois devem trazer elementos alegóricos diferentes, mas os itens a serem julgados devem estar presentes em todos os dias de festival.
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